sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Stop Motion

De animações mais arrojadas até produções caseiras ou independentes. A técnica de stop motion vem sendo utilizada como um recurso infalível para dar movimento a ilustrações.  

É provável que você já tenha ouvido falar nesse termo em algum momento e talvez até assistido a vários filmes que usaram essa técnica. Quer saber mais sobre esse tipo de animação? Então continue lendo este artigo. 

O que é stop motion? 
Em tradução literal para o português, o termo stop motion significa “movimento parado”. Neste tipo de animação, um objeto é fotografado do mesmo ângulo diversas vezes, mas com leves mudanças em sua posição.  

Cada uma dessas fotografias representa um quadro do plano e, ao juntá-las em sequência, é possível criar vídeos animados com efeito de movimento. 

Tal fenômeno ocorre devido a uma ilusão de ótica, conhecida cientificamente como persistência da visão. Resumidamente, o olho humano retém as imagens formadas na retina por alguns décimos de segundo, mesmo após o clarão que as provocaram ter desaparecido.

Dessa maneira, quando assistimos a uma sequência de imagens de algum objeto projetadas a 12 quadros por segundo, o nosso cérebro é “enganado”.  Como a imagem fica gravada na retina por alguns segundos, o frame seguinte é projetado no exato instante em que o frame anterior começa a desaparecer da nossa “memória visual”. 

É esse processo que causa a sensação de movimento em filmes e animações.  Geralmente, cada segundo de uma animação filmada em stop motion leva em torno de 24 frames. Embora seja um processo bastante lento e trabalhoso, o resultado final é muito interessante. 

É como se objetivo tivesse vida própria!  Lembre-se que o material utilizado para compor os quadros deve ser resistente e, ao mesmo tempo possuir mobilidade para deslocar-se em pequenas escalas de tempo.  Essa técnica pode ser antiga, mas até hoje vem sendo aprimorada em diversos materiais audiovisuais da atualidade.  

A história do stop motion 
Esse recurso cinematográfico foi revelado pelo mágico francês George Mélies. Ele viu uma oportunidade de introduzir tal técnica nos seus truques de ilusionismo.  Mélies aprimorou o stop motion para o cinema, sendo o filme Viagem a Lua um marco na história da filmografia mundial. O longa ficou conhecido pela famosa cena de um foguete tripulado por seres humanos chegando à lua.  

Desenvolvido por vários diretores, o stop motion passou a ser utilizado os filmes de ficção no século XX, utilizado como base para os efeitos visuais, já que na época as tecnologias usadas eram rudimentares se comparadas à atualidade.  

Acompanhe agora a evolução do stop motion a partir da criação de nove cineastas:  

1. James Stuart Blackton 
O cineasta nascido no Reino Unido, mas erradicado nos EUA foi o percursor do cinema de animação. Em 1906, James Stuart lançou aquele que seria um ensaio do cinema animado, The Humorous Phases of Funny Faces, com três minutos de duração. 

Apesar de curto, essa foi a primeira tentativa de fazer uma animação filmográfica na história. O princípio era simples: ao mover com a mão rostos de homens e mulheres, suas expressões faciais também mudavam. 

2. Segundo de Chomón
Segundo de Chomón foi um diretor de cinema e roteirista espanhol, pioneiro na arte de stop motion no início do século XX. Seu trabalho era comparado as obras de Mélies, tamanha a artimanha em criar curtas-animados abusando da ilusão de ótica.

3. Émile Cohl 
O mais interessante no trabalho de Cohl, além de ter criado o cartoon Fantasmagorie (1908), é o senso poético das obras do artista parisiense.  Mesclando pintura e animação, muito desses trabalhos eram nomeados por críticos como a “oitava arte”, por combinar cinema animado com estéticas clássicas das escolas artísticas, como o cubismo, surrealismo e dadaísmo. 

4. Arthur Melbourne Cooper 
O diretor de fotografia britânico é conhecido por seu trabalho precursor nas técnicas de stop motion. Seus filmes, mais de trezentos no total, datam de 1896 a 1915, sendo 36 animações filmográficas.  Mesmo após sua morte, o artista não deixou de ser um nome polêmico entre os críticos de cinema. Sobretudo por seu relacionamento com outro importante cineasta: Birt Acres.  Esse fato, entretanto, não apaga as sua contribuições para o cinema de animação. 

5. George Pal 
Esse artista húngaro-americano marcou a história do cinema, sobretudo, por suas contribuições ao gênero de ficção científica.  Seu trabalho foi tão prestigiado pela crítica especializada, que o animador foi nomeado sete vezes consecutivas à premiação máxima do cinema (na categoria de curta-metragem em animação) de 1942-1948. Também recebeu um Oscar honorário em 1944.

6. Jiří Trnka 
O artista checo começou seus trabalhos com animação ao idealizar um teatro de marionetes durante a Segunda Guerra Mundial. Apesar de ter falhado nessa iniciativa, Trnka não desistiu do trabalho voltado às crianças. Criou um cenário com livros ilustrados ao longo de toda a guerra.  

Posteriormente, montou seu próprio estúdio de filmagem em Praga, voltado para animação. Com os novos trabalhos, foi premiado em vários festivais de filmes na Europa. Muitos o nomeavam de “Walt Disney do leste”, principalmente pelo seu trabalho com animações de marionetes checas.  

7. Jan Svankmajer 
Este outro artista tcheco ganhou o cinema de animações graças aos seus desenhos impactantes e surrealistas. Por causa disso, serve de inspiração para muitos cineastas contemporâneos do gênero de animação.

8. Irmãos Quay e Terry Gilliam 
Esses gêmeos são um dos destaques do cinema animado contemporâneo, sobretudo pela capacidade de aliar bonecos, marionetes e outras figuras a cenários incrivelmente obscuros e impressionistas. 

O trabalho da dupla apresenta grande valor artístico, com um cuidado estético minucioso. Além disso, aliam movimentos de câmera a ambientes que emanam sensações em quem assiste.  Não à toa, fizeram história ao produzir o premiado vídeo clipe de Peter Gabriel, Sledgehammer

9. Tim Burton 
Talvez esse seja um dos animadores mais reconhecidos dessa geração. O cineasta norte-americano Tim Burton se inspira muito no trabalho de artistas já mencionados, como os Irmãos Quay e Jan Svankmajer. 

Amante dos filmes de horror, o diretor traz muitas dessas referências até para suas animações e filmes de aventura.  Por causa disso, suas obras infantis são sempre compostas de cenários carregados e densos, quase góticos. 

Na maioria de suas criações, elementos do mundo real misturam-se a objetos e animais personificados, em um tom surrealista. 

Fonte:
https://blog.hotmart.com/pt-br/stop-motion/

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

A História do Cinema

No dia 28 de dezembro de 1895, os irmãos franceses Auguste e Louis Lumière, realizaram a primeira exibição pública cinematográfica.  No entanto, a criação do cinema foi resultado do esforço de vários inventores que trabalhavam para conseguir registrar imagens em movimento.  

Origem do Cinema 
Conseguir imagens em movimento foi algo perseguido desde a Antiguidade. As sombras sempre exerceram fascínio nos seres humanos, o que rendeu inclusive a criação do teatro de sombras

Com o advento da fotografia foi possível fixar a imagem numa superfície, seja ela papel, placa de metal ou vidro. Desta maneira, não podemos entender a história do cinema sem compreender a história da fotografia.  A própria etimologia da palavra cinema explica isso. Afinal, "cinema" é a abreviação de cinematógrafo

"Cine", vem do grego e significa movimento e o sufixo "ágrafo", aqui significa, gravar. Assim, temos o movimento gravado.  Por isso, diversos inventores, de países como França e Estados Unidos, desenvolviam aparelhos para captar e projetar imagens em movimento. Vejamos algumas dessas máquinas:  

Lanterna Mágica 
Inventada no século XVII, tratava-se de uma câmara escura que projetava, através de lentes e luz, desenhos pintados à mão em vidros.

Um narrador se encarregava de contar a estória e algumas vezes havia acompanhamento musical.  A lanterna mágica se tornou uma grande atração em feiras urbanas, mas também foi usada no ambiente acadêmico.  

Praxinoscópio 
Construído em 1877 pelo francês Charles Émile Reynaud (1844-1918), o praxinoscópio consistia num aparelho de formato circular no qual as imagens iam se sucedendo e davam a sensação que estavam se movendo.

Inicialmente restrito ao ambiente doméstico, Reynaud conseguiria em 1888 aumentar o tamanho de sua máquina. Isto permitiu projetar os desenhos para plateias maiores e estas performances ficaram conhecidas como "teatro ótico".  Estas projeções alcançaram um enorme sucesso no final do século XIX. De fato, o praxinoscópio só foi superado pelo cinematógrafo do irmãos Lumière.  

Cinetoscópio 
Lançado, em 1894, na fábrica comandada por Thomas Edison (1847-1931) nos Estados Unidos, o cinetoscópio era uma máquina individual onde se assistia filmes de curta duração. O invento só foi possível porque Edison criou uma película de celuloide capaz de guardar as imagens e assim, projetá-las através das lentes.  

Cinematógrafo 
Os irmãos Auguste Lumière (1862-1954) e Louis Lumière (1864-1948), apaixonados por inventos e fotografia, desenvolveram o cinematógrafo. Ao contrário dos outros aparelhos, este permitia gravar e projetar as imagens tornando a atividade mais prática.  

Ambos estavam a par das descobertas de Thomas Edison e fizeram pequenas alterações nos fotogramas para evitar problemas legais.  Desta maneira, o invento dos irmãos franceses superou os concorrentes e transformou-se no aparelho preferido daqueles que desejavam registrar imagens em movimento.  

Primeira Exibição Cinematográfica 
Os irmãos Lumière eram filhos de um fabricante de materiais fotográficos, cuja fábrica estava localizada na cidade Lyon, França. Pesquisaram e aperfeiçoaram as primeiras câmaras fotográficas contribuindo para o surgimento da fotografia colorida.

Através do cinematógrafo, começaram a realizar seus primeiros filmes que consistiam em captar imagens com o aparelho parado.  Em 28 de dezembro de 1895, em Paris, no "Grand Café", foi realizada a primeira projeção cinematográfica tal qual conhecemos. 

Assim, numa sala escura, foram projetados dez filmes de curta duração como "A chegada do trem à estação de La Ciotat" ou "A saída dos operários da fábrica".   No entanto, os próprios irmãos Lumière não prosseguiram sua carreira pelo cinema. Louis ainda inventaria o fotorama e se dedicaria à ciência, enquanto Auguste continuaria seus estudos de bioquímica e fisiologia.  

Cinema Narrativo 
O cinema era visto apenas para fins documentais e para registrar através de uma câmara estática algo que estava acontecendo diante da lente. Seria o que se chama de "teatro filmado".  No entanto, dois pioneiros vão utilizar as câmaras para contar estórias, criar técnicas e narrativas que somente seriam possíveis com este aparelho.  Destacamos dois precursores do cinema narrativo: Alice Guy-Blaché e Georges Méliès.  

Alice Guy-Blaché 
A primeira pessoa a explorar a via narrativa do cinema foi a francesa Alice Guy-Blaché (1873-1968). Autora de quase mil obras, ela fez o primeiro filme baseado num conto popular, "A fada dos repolhos" (1896).  

Alice Guy trabalhava como secretária na fábrica e produtora de cinema Gaumont, quando os irmãos Lumière foram fazer uma demonstração do seu recente invento.  

Encantada com o aparelho, Alice Guy começou a experimentar filmar com dupla exposição, atrasar ou apressar a velocidade da câmara a fim de conseguir efeitos interessantes para narrar suas estórias. Ela ainda seria a primeira a usar cores e som nos seus filmes.  

Casou-se com Hebert Blaché, em 1907, que trabalhava como operador de câmara. Ambos se mudaram para os Estados Unidos três anos depois e ali Alice Guy criou sua própria produtora e construiu estúdios para filmar suas obras. Após se divorciar em 1920, volta para a França, mas não consegue retomar sua carreira de diretora.  

Alice Guy rodou mais de mil filmes do qual apenas 350 sobreviveram, incluído sua monumental "A Vida de Cristo", de 1906, que contou com 300 figurantes.  Completamente apagada da história do cinema, Alice Guy-Blaché faleceu em 1968. Agora, os historiadores voltam a dar-lhe o lugar que ela merece.  

Georges Méliès 
Por outro lado, o mágico e ator francês Georges Méliès também trabalharia no desenvolvimento da linguagem cinematográfica introduzindo cortes, sobrexposição e zoom.  

Nascido em Paris, em 1861, Georges Méliès comandava seu próprio teatro na capital francesa e foi convidado pelos irmãos Lumière para assistir a exibição do "cinematógrafo" em 1895.  Méliès queria usar o aparelho nos seus espetáculos, mas os irmãos não o venderam. 

De qualquer maneira, ele comprou uma máquina semelhante e começou a escrever roteiros e atuar. Aperfeiçoou os truques próprios do teatro e do ilusionismo para o cinema e assim alcançou grande sucesso.  Seu maior êxito foi o filme "Viagem à Lua", de 1902, onde adaptou a célebre obra de Júlio Verne para o cinema. Por suas inovações, Méliès é reconhecido como o "pai dos efeitos especiais".  

Curiosidades 
O primeiro cinema do mundo foi o Éden Théâtre, na cidade de La Ciotat, França, onde os irmãos Lumière costumavam passar as férias e fizeram uma projeção de seus filmes para convidados. Seis meses após a exibição em Paris, em 8 de julho de 1896, é realizada a primeira exibição de filmes no Brasil, no Rio de Janeiro. 

Fonte:

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Plano da Eletiva de Cinema

Plano da Eletiva 

Título 
A arte do cinema

Professor 

Ementa 
O cinema educa porque possibilita o desenvolvimento da personalidade, transmite saber, domestica e aperfeiçoa a sensibilidade e a cognição de mulheres e homens com um alcance massificador. 

Justificativa
A relação entre o audiovisual e a pessoa que recebe a mensagem depende da cultura, da história de vida, dos conhecimentos adquiridos, das experiências, das leituras, entre outros, de cada indivíduo. É no espaço escolar que o aluno pode ir além do seu repertório, de sua bagagem cultural. Com a presença de conteúdos relacionados ao cinema no processo ensino-aprendizagem, o aluno poderá ter condições de fazer uma leitura mais consistente diante das produções fílmicas. Isso poderá levá-lo também a ser um apreciador desta arte, desenvolvendo seu gosto pelo cinema e o hábito de frequentá-lo. 

Objetivos 
- Possibilitar aos alunos o contato significativo com o universo cinematográfico, visando à sua formação sociocultural e política no âmbito escolar.
- Pesquisar, conhecer, analisar as produções artísticas do passado e presente.

Habilidades desenvolvidas 
(EMIFCG04) Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais, por meio de vivências presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade, criticidade e criatividade. 
- (EMIFCG05) Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções criativas, originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prática. 
- (EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores pretendidos.

Eixos temáticos 
– Indicar quais dos seguintes eixos serão trabalhados na Eletiva 
(   ) Investigação científica 
( x ) Processos criativos 
(   ) Mediação e intervenção sociocultural 
(   ) Empreendedorismo 

Conteúdo programático 
- A história do cinema
- Profissões do Cinema
- Gêneros cinematográficos
- Aprenda a fazer créditos de um filme
- Stop motion

Metodologia 
- Aulas expositivas (professor e aluno).
- Usar a tecnologia para as pesquisas. 
- Pesquisa dos alunos em material impresso.
- Assistir, ouvir, interpretar e discutir as ideias dos vídeos e textos escritos, desenvolvendo o senso crítico.
- Repassar o que observou com os colegas nas pesquisas realizadas, através de apresentação.
- Autonomia no desenvolvimento dos trabalhos de pesquisa e de apresentação.


Recursos didáticos 
- Notebook, data show, celular, filmadora, quadro, giz, caderno.

Eixos temáticos 
Processos criativos

Culminância 
Apresentação dos trabalhos: Exposição de artes cinematográficas, apresentações de vídeos ou peças teatrais.

Avaliação 
Participação nos trabalhos.
- Autoavaliação.
- Participação na elaboração, pesquisa, montagem e execução de apresentações.

Cronograma semestral 


sábado, 8 de fevereiro de 2020

10 Diretores de Cinema

O Diretor é o maestro de um filme, ele tem a responsabilidade e controle de todo o projeto, e deve conhecer perfeitamente todos os detalhes do roteiro, estudá-lo num storyboard, e ter previamente uma imagem feita de cada plano, que no conjunto dará significado à sua obra.  

Steven Spielberg (1946) 
Ainda criança, Steven Spielberg fazia pequenos filmes caseiros com sua câmera Super-8, com as suas três irmãs mais novas como atrizes. Ele não era bom aluno e não conseguiu vaga no curso de cinema da Universidade da Califórnia.  

Sua carreira começou para valer aos treze anos de idade, quando venceu um concurso de curtas com um filme de 40 minutos que falava sobre guerra. A partir daí foi só sucesso: aos dezesseis anos teve o seu primeiro filme, Amblin (1963) premiado no Festival de Veneza e com vinte cinco anos de idade já trabalhava em Hollywood.   

Hoje Spielberg é um nome indispensável em qualquer lista de cinema, vencedor de quatro Oscar e diretor de filmes que já arrecadaram cerca de dez bilhões de dólares!

Os clássicos de Steven Spielberg são: Tubarão (1975), Contatos Imediatos de Terceiro Grau (1977), Jurassic Park: Parque dos Dinossauros (1993), Indiana Jones e Os Caçadores da Arca Perdida (1981), E.T. - O Extraterrestre (1982), A Lista de Schindler (1993), Lincoln (2012). 

Quentin Tarantino (1963)
Nascido no Tennessee e criado pela mãe e o pai adotivo na Califórnia, Quentin Tarantino sempre gostou de cinema, chegando a abandonar o ensino médio porque preferia ver filmes e ler quadrinhos.

Frequentou algumas aulas de teatro no final da adolescência, mas foi com o emprego como balconista na Video Archives, uma famosa locadora de filmes em Manhattan Beach, que Quentin ficou ainda mais viciado em filmes e usava parte do seu tempo escrevendo roteiros. 

Um desses roteiros foi justamente o de Cães de Aluguel, comprado por um produtor e gravado em 1992.   O estilo violento e sádico de Tarantino aliado às inúmeras referências que ele trazia de seu vício em cinema o fez um diretor de sucesso a partir de Pulp Fiction (1994), lançado quando o diretor tinha 31 anos. 

Hoje Tarantino é um dos nomes mais famosos da indústria hollywoodiana e qualquer película assinada por ele é sucesso garantido de bilheteria. Maiores filmes de Quentin Tarantino: Pulp Fiction, Tempos de Violência (1994), Kill Bill Vol. I e II (2003 - 2004), Bastardos Inglórios (2009), Django Livre (2012). 

Alfred Hitchcock (1899 - 1980) 
O Mestre do Suspense nasceu em Londres e foi criado em uma família bem rígida com mais dois irmãos. Estudou a infância e parte da adolescência em um rigoroso colégio de jesuítas que, posteriormente, serviu de projeção para o tom transgressor de seus filmes.

Em paralelo à faculdade de engenharia, Hitchcock fazia um curso de artes no departamento de Belas Artes da Universidade de Londres, o que o possibilitou conseguir um emprego como desenhista e designer de publicidade. 

Com vinte e dois anos, conseguiu um emprego na indústria cinematográfica desenhando títulos e cartazes para os filmes mudos Famous Players-Lasky Company. Alguns anos depois já trabalhava como assistente de direção.  

O filme O Inquilino (1927) foi o seu primeiro filme de suspense, mas a consagração do diretor com esse estilo veio com Chantagem e Confissão (1929), um sucesso absoluto no Reino Unido. Mudando-se para o EUA aos quarenta anos, Hitchcock ganhou um Oscar com seu primeiro filme dirigido na América (Rebecca, de 1940) e passou a ser um sucesso também em Hollywood. 

O diretor inglês sustenta o título de um dos maiores cineastas que já viveu.   Os melhores filmes de Hitchcock: Rebecca (1940), A Sombra de Uma Dúvida (1943), Interlúdio (1946), Janela Indiscreta (1954), Psicose (1960), Os Pássaros (1963). 

Tim Burton (1958)
Timothy "Tim" Willian Burton cresceu em um estado de Los Angeles, na Califórnia, com os pais e mais um irmão. Seu passatempo predileto era pintar, desenhar e ver filmes.

Com apenas treze anos, produziu um curta-metragem usando a técnica de stopmotion chamado A Ilha do Dr. Agnor.   Assim que acabou o ensino médio, Tim ganhou uma bolsa da Disney para cursar animação por três anos no Instituto das Artes da Califórnia. 

Depois foi contrato pela  Walt Disney Studios como aprendiz de animador, e trabalhou na empresa até que foi demitido pois seus filmes eram considerados sombrios demais pela empresa.   

Foi com Vincent (1982), um dos curtas que Burton produziu durante a sua passagem pelos estúdios Disney, que conseguiu o seu primeiro destaque e prêmio no Chicago Film Festival. Os Fantasmas se Divertem (1988) consagrou o diretor com um Oscar de Melhor Maquiagem e colocou o seu nome de vez no hall dos melhores diretores de Hollywood.  

Entre as produções góticas, fantasiosas ou sombrias de Tim Burton se destacam: Os Fantasmas se Divertem (1988), Edward Mãos de Tesoura (1990), O Estranho Mundo de Jack (1993), A Noiva Cadáver (2005), A Fantástica Fábrica de Chocolate (2005) e Alice no País das Maravilhas (2010). 

George Lucas (1944)
George Walton Lucas Jr. nasceu em um bairro suburbano da Califórnia e, antes de se interessar pelo mundo do cinema, gostava do mundo automobilístico, até que um grave acidente de carro o fez desistir dessa carreira. 

Depois do acidente, Lucas frequentou uma faculdade comunitária onde, em companhia do amigo John Plummer, começou a se interessar por cinema, vendo filmes clássicos de diretores italianos e franceses e fazendo pequenas gravações de corridas de autocross. 

Lucas então se transferiu para a Escola de Artes Cinematográficas da Universidade do Sul da Califórnia (USC), onde tudo começou.  Seu primeiro filme, quando já estava na pós graduação, foi Labirinto Eletrônico: THX-1138 4EB (1967), um curta-metragem de ficção científica. 

Com ele Lucas ganhou prêmios e uma bolsa de estudos da Warner Bros. Daí se seguiu a fundação da LucasFilm em 1971, e o sucesso de Loucuras de Verão (1973).   

Hoje George Lucas é reconhecido como um mestre dos efeitos especiais (imortalizados pela franquia Star Wars) e sustenta uma carreira com filmes campeões de bilheteria, como a sequência Indiana Jones. 

Charles Chaplin (1889 - 1977)
Charles Spencer Chaplin nasceu em Londres filho de um pai ator, com quem Chaplin teve pouco contato, e a mãe cantora de music hall. Teve uma infância conturbada com o irmão, pois foram abandonados pelo pai e a mãe sofria de problemas mentais.

Tendo que tomar conta de si muito cedo e inspirado pela profissão da mãe, quando tinha apenas doze anos já fazia parte de uma trupe de artistas comediantes. Foi vivendo de pequenas apresentações e outros trabalhos por Londres até que em 1914 teve a chance de atuar em uma comédia americana, foi a primeira vez que interpretou seu famoso personagem Carlitos, no curta Charlot Fotogênico (1914).   

No ano seguinte, com apenas vinte e cinco anos Chaplin já apareceu em mais de 30 projeções e tornou-se famoso e rico. Hoje é considerado um dos pais do cinema por sua contribuição à evolução da sétima arte e o cineasta mais homenageado de todos os tempos.

Principais filmes de Charles Chaplin: O Garoto (1921), Em Busca do Ouro (1925), O Circo (1928), Luzes da Cidade (1931), Tempos Modernos (1936), O Grande Ditador (1940), Luzes da Ribalta (1952), Um Rei em Nova Iorque (1957) e A Condessa de Hong Kong (1967).

James Cameron (1954)
Nascido no Canadá e filho de uma enfermeira com uma engenharia eletricista, a vida de Cameron deu uma reviravolta quando a sua família se mudou para a Califórnia, EUA.

O cineasta então tinha dezesseis anos e se aproximou do mundo cinematográfico que já era uma tradição na região.   Apesar de ter viciado em cinema e ter visitado inúmeras vezes os arquivos de filme da Universidade do Sul da Califórnia, James decidiu cursar filosofia no Canadá.

Curso que acabou abandonando para escrever roteiros e se dedicar totalmente à carreira cinematográfica.   Com vinte e quatro anos, James fez seu primeiro curta de ficção científica, Xenogênese (1978), que lhe rendeu um emprego na empresa do famoso diretor Roger Corman.

Mas foi seis anos depois, com O Exterminador do Futuro, que Cameron consagrou-se como um diretor de sucesso, sendo responsável pelas duas maiores bilheterias da história do cinema: Avatar e Titanic.   

Entre os filmes mais famosos de James Cameron estão: O Exterminador do Futuro (1984), O Segredo do Abismo (1989), Aliens (1986), Titanic (1997) e Avatar (2009). 

Wes Craven (1939 - 2015)
Wes Craven teve uma carreira muito irregular, por realizar desastres como Almadiçoados, Um Vampiro no Brooklyn e A Sétima Alma. Mas o que o torna tão especial?

Ter feito dois games changes do gênero: a criação de um do serial killers mais famosos do cinema, o icônico Freddy Krueger (Robert Englund), na franquia A Hora do Pesadelo e por fazer uma ótima homenagem/paródia dos filmes slasher e suas regras em Pânico. 

Isso não é para poucos, visto que Craven já havia feito sucesso no começo de sua carreira por filmes que assustavam por conta da sua violência como Aniversário Macabro e Quadrilha de Sádicos (Ambos tiveram remakes).

John Carpenter (1948)
Um dos diretores de terror mais elogiados do cinema norte-americano e com razão. O estilo rebelde e independente de Carpenter, fez com que fizesse filmes com orçamentos limitados, mas com grande sucesso de público e de critica. 

O clássico Halloween – A Noite do Horror, que popularizou o gênero slasher na figura do assassino Michael Myers. Carpenter realizou outras obras muito fortes como Christine – O Carro Assassino, 

Vampiros de John Carpenter, Eles Vivem, A Bruma Assassina e um dos maiores filmes de terror da história: o incrível O Enigma de Outro Mundo. Ou seja, um diretor especial para o gênero terror.

Pedro Almodovar (1949)
O cineasta tem uma história bem inusitada, pois o mesmo nunca pôde estudar cinema, vindo deu uma família pobre teve diversos trabalhos artísticos porém não ligados ao cinema como desenhista de quadrinhos e até cantor de uma banda de rock onde ele participava travestido. 

Ele foi o primeiro espanhol a ser indicado ao Oscar de melhor diretor, tendo ganho dois Oscar e diversos prêmios pelo mundo como quatro BAFTA e Festival de Cannes. 

Durante muito tempo o diretor ficou desconhecido para o mundo, porém depois que alcançou o sucesso nunca mais parou e suas produções ficaram em destaque: A Pele que Habito, Tudo Sobre Minha Mãe, Má Educação, Ata-me.

Fonte: