A edição é a essência da arte cinematográfica. Nos tempos do cinema analógico, em que os filmes eram gravados em película, a montagem era realizada manualmente, em um trabalho quase artesanal de colagem. Hoje, a tecnologia permite realizar esse processo digitalmente, porém os conceitos para a construção de ritmo e sentido permanecem os mesmos.

“O montador combina imagens e sons criados pela equipe de produção. Ao combinar elementos sonoros e visuais, ele cria relações que produzem o sentido do filme.

A edição funciona como uma receita de bolo. É preciso misturar os ingredientes na ordem correta e no tempo indicado. O editor ou montador é a pessoa que realiza a difícil tarefa de organizar e posicionar todas as peças desse quebra-cabeça.
Para editar imagens em sequências coerentes, é preciso conhecer a fundo não apenas a linguagem cinematográfica e seus recursos, como também o filme que se quer contar – por isso, o editor tem uma relação muito próxima com o diretor. O distanciamento dele do set de filmagem permite que monte a história de um ponto de vista novo, descartando o que não se encaixa na narrativa.
Profissionais dessa área precisam ser extremamente organizados, concentrados e detalhistas. A montagem é uma atividade solitária, realizada em uma sala escura e sem interferências externas, que demanda habilidades específicas (conhecimento de técnicas e programas de edição).
Isso requer disciplina e paciência. Contudo, é o editor quem vê o filme pronto pela primeira vez; afinal, sua sala é onde a “mágica” do cinema acontece.
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